A EDUCAÇÃO DO CAMPO NO CONTEXTO DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO RURAL NO BRASIL: O PRINCÍPIO EDUCATIVO DO TRABALHO COMO ALTERNATIVA

Autores

  • Mara Edilara Batista de Oliveira
  • Jorge Ramón Montenegro Gómez UFPR

DOI:

https://doi.org/10.33026/peg.v15i1.2671

Resumo

A Educação do Campo foi historicamente pensada a partir da relação entre educação e trabalho, ou seja, o trabalho (ontológico) do homem do campo vinha como condição primeira para a construção de uma formação que tenha como objetivo suprir as necessidades concretas dos seus próprios sujeitos. É a partir dessa premissa que temos como objetivo nesse artigo levantar questões em torno da relação entre educação e formação e o paradigma de Educação do Campo. Pensando principalmente qual a formação, que as políticas de reformas educacionais para as áreas rurais, vêm implementando no campo no Brasil. E a forma pela qual elas vêm transformando a Educação do Campo apenas na oferta de escolas no campo e em uma forma de reduzir as taxas de analfabetismo, se distanciando assim das premissas iniciais da proposta educativa desse paradigma, ou ainda mais, se utiliza dele como um slogan para trazer uma formação distanciada da realidade desses sujeitos e com interesses  próprios do capital. Para isso, partimos de um retorno aos clássicos como Gramsci e Lukács ao repensar a relação educação e formação tendo como mediação o trabalho. Também traçamos premissas em torno da Educação do Campo e a dupla faceta do Estado por meio das políticas sociais neste âmbito. E, por fim, inserimos o Programa Projovem Campo – Saberes da Terra, como o modelo de formação que vem sendo implementando pelo Estado, ao pensar a educação para o campo no Brasil.

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Biografia do Autor

Mara Edilara Batista de Oliveira

Atua principalmente no seguinte tema:Doutoranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em geografia da UFPR, Curitiba. É Mestre em Geografia pelo Programa de Pós Graduação em Geografia da UFPB. Possui Bacharelado e Licenciatura Plena em Geografia pela UFPB.Possui experiência em Formação Continuada de Professores pela Rede Municipal Educação de João Pessoa-PB. Pesquisadora na área de Educação do Campo em Áreas de Assentamentos Rurais na Paraíba e em Políticas Públicas em Educação do Campo, e já foi coordenadora do PROJOVEM Campo - Saberes da Terra/ João Pessoa - PB.

Jorge Ramón Montenegro Gómez, UFPR

Atualmente é professor adjunto III da Universidade Federal do Paraná no Departamento de Geografia, nos cursos de graduação e pós-graduação. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Agrária, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento, desenvolvimento rural, políticas públicas, movimentos sociais no campo , questão agrária, cartografia social, povos e comunidades tradicionais e conflitos pela terra e pelo território. Coordenador do Coletivo de Estudos sobre Conflitos pelo Território e pela Terra (ENCONTTRA). Membro do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT) e do Grupo de Trabalho "Desenvolvimento Rural: disputas territoriales, campesinos y decolonialidad" da CLACSO.

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Publicado

2014-09-23

Como Citar

Oliveira, M. E. B. de, & Montenegro Gómez, J. R. (2014). A EDUCAÇÃO DO CAMPO NO CONTEXTO DO MODELO DE DESENVOLVIMENTO RURAL NO BRASIL: O PRINCÍPIO EDUCATIVO DO TRABALHO COMO ALTERNATIVA. PEGADA - A Revista Da Geografia Do Trabalho, 15(1). https://doi.org/10.33026/peg.v15i1.2671

Edição

Seção

ARTIGOS