Desafios e reflexões na apreensão afetiva da cidade: a deriva como procedimento metodológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.v5i12.6517

Resumo

O procedimento da psicogeografia e sua técnica exploratória da deriva, desenvolvidos pelo movimento Internacional Situacionista nas décadas de 1950 e 1960, fizeram do ato de caminhar um meio de apreensão dos afetos urbanos. Ao longo dos últimos anos podemos observar muitas das ideias e práticas situacionistas serem adotadas e adaptadas em diversos âmbitos da sociedade. Inserido nesse contexto, este trabalho apresenta reflexões metodológicas e epistemológicas sobre como a deriva possibilita reconhecer o relevo psicogeográfico, buscando contribuições da teoria das emoções e afetos. Relata a experiência da disciplina “Emotions and Affect from a Spatial Perspective”, fornecida pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da FCT-UNESP, no segundo semestre de 2018, na qual foi realizada uma deriva no Camelódromo de Presidente Prudente (São Paulo). Ao final, diante dos desafios e potencialidades encontrados, verificamos como os estudos psicogeográficos podem auxiliar na compreensão dos processos de mediação afetivos que emergem e se organizam no espaço urbano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Matheus Alcântara Silva Chaparim

Aluno regular do Mestrado Acadêmico em Arquitetura e Urbanismo do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGARQ) da UNESP. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2018)


Eduardo Romero de Oliveira, UNESP

Eduardo Romero de Oliveira
Possui graduação em História pela Universidade Estadual de Campinas (1990), mestrado em História Social pela Universidade de São Paulo (1995) e  doutorado em Filosofia pela Universidade de São Paulo (2003). Atualmente é Professor Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho.

Referências

AHMED, S. Atmospheric Walls. In: feministkilljoys, 2014. Disponível em: https://feministkilljoys.com/2014/09/15/atmospheric-walls/. Acesso em 02 de março de 2019.

ANDERSON, B. Encountering Affect: Capacities, apparatuses, Conditions. Farnham: Ashgate. 2014. P. 1-21.

ANDRADE, C. R. M. de. Prefácio. In: JACQUES, P.O. (Org). Apologia da deriva. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

BASSETT, K. Walking as an Aesthetic Practice and a Critical Tool: Some Psychogeographic Experiments. Journal of Geography in Higher Education. Vol. 28, p.397-410, 2004.

BESSE, J.M. Paisagem, hodologia, psicogeografia. In: BESSE, J. M. O gosto do mundo: Exercícios de paisagem. Rio de Janeiro: Ed. UERJ. 2014. P. 183-222.

BESSE, J.M. Estar na Paisagem, Habitar, Caminhar. In: CARDOSO, I. L. Paisagem e Patrimônio. Lisboa: Dafne Editora. 2013. P. 33-53.

BONNETT, A. Situationism, geography, and poststructuralism. Environment and planning D: Society and space. Vol. 7, p. 131-146, 1989.

BONNETT, A. Situationist strategies and mutant technologies. Angelaki. Vol. 4, p. 25-32, 1999.

CARERI, F. Walkscapes: o caminhar como prática estética. São Paulo: G. Gili, 2013.

CERTEAU, M. A invenção do cotidiano. Petrópolis: Vozes, 2008. Vol. 1 (Artes do fazer)

DEBORD, G. Introdução a uma Crítica da Geografia Urbana. In: JACQUES, P.O. (Org). Apologia da deriva. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003a.

DEBORD, G. Teoria da deriva. In: JACQUES, P.O. (Org). Apologia da deriva. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003b.

DELEUZE, G. Spinoza: Practical Philosophy. San Francisco, CA: City Lights Books. 1988.

JACQUES, P.O. (Org). Apologia da deriva. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2003.

PINDER, D. Situationism/Situationist Geography. In: KITCHIN, R.; THRIFT, N. International Encyclopedia of Human Geography. Volume 10. Amsterdam: Elsevier. 2009. p. 144-150.

SEDGWICK, E.K. Touching Feeling. Affect, Pedagogy, Performativity. Durham, NC: Duke University Press. 2003.

STEVENS, Q. Situationist City. In: KITCHIN, R.; THRIFT, N. International Encyclopedia of Human Geography. Volume 10. Amsterdam: Elsevier. 2009. p. 151-156.

THRIFT, N. Intensities of feeling: Towards a spatial politics of affect. Journal Geografiska Annaler: Series B, Human Geography. Volume 86, p. 57-78, 2004.

YI’EN, C. Telling stories of the city. Walking ethnography, affective materialities, and mobile encounters. Space and Culture. Vol. 17, p. 211–223, 2014.

Downloads

Publicado

2019-07-31

Como Citar

CHAPARIM, M. A. S.; OLIVEIRA, E. R. de. Desafios e reflexões na apreensão afetiva da cidade: a deriva como procedimento metodológico. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 5, n. 12, p. 60–81, 2019. DOI: 10.35416/geoatos.v5i12.6517. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/6517. Acesso em: 28 mar. 2024.