A escala geográfica e a produção de alimentos:da dependência à construção ativa da emancipação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35416/geoatos.v3i8.5840

Resumo

Este artigo tem como substrato os conceitos de escala geográfica, campesinato e soberania alimentar, com os quais busco demonstrar a importância do controle da escala na conquista da autonomia e do fortalecimento da família camponesa. Emancipado de uma perspectiva puramente matemática, o conceito de escala permite aprofundar as reflexões para além da abordagem cartográfica de relações de medidas e proporções para considerar diferentes dimensões intrínsecas aos fenômenos socioespaciais. Nesse sentido, o debate da escala pressupõe considerá-la a partir das relações sociais responsáveis pela sua materialização, ou seja, a escala como um constructo fundamentalmente social. Dessa maneira, quero demonstrar como o campesinato, por meio da produção ativa da escala, pode acionar variadas estratégias de produção e transporte para ampliar as escalas de comercialização da produção, superar a dependência em relação aos atravessadores e, assim, estabelecer relações de proximidade com base nos princípios da soberania alimentar, sobretudo em relação à produção e distribuição nas escalas local e regional.

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Biografia do Autor

Valmir José de Oliveira Valério, Universidade Estadual Paulista, UNESP, Presidente Prudente, São Paulo, Brasil

Professor e Geógrafo, formado pela Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Presidente Prudente. Mestre em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Presidente Prudente. Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Estadual Paulista, UNESP, campus de Presidente Prudente/SP. Bolsista de doutorado da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Foi bolsista de mestrado do CNPq, no qual estudou os impactos da expansão da agroindústria canavieira para a produção e abastecimento alimentar no município de Tupi Paulista/SP. Foi bolsista de iniciação científica (IC) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), na qual estudou as implicações da territorialização do agronegócio canavieiro para a produção de alimentos no município de Flórida Paulista/SP. Atualmente, com apoio de bolsa de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), desenvolve pesquisa com o foco no entendimento das influências da expansão do agronegócio sucroenergético para a produção e abastecimento alimentar no estado de São Paulo (2003-2015) , tendo como referência o conceito de soberania alimentar. Membro do Centro de Estudos de Geografia do Trabalho (CEGeT). Membro do Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária (NERA). Parecerista da Revista Nera. Coordenador do periódico eletrônico Boletim DATALUTA.

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

VALÉRIO, V. J. de O. A escala geográfica e a produção de alimentos:da dependência à construção ativa da emancipação. Geografia em Atos (Online), Presidente Prudente, v. 3, n. 8, p. 20–40, 2018. DOI: 10.35416/geoatos.v3i8.5840. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/view/5840. Acesso em: 16 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos