VANTAGENS COMPETITIVAS DO OLIGOPÓLIO CERVEJEIRO E A PERMANÊNCIA DE MICROCERVEJARIAS NO BRASIL

Autores

  • Silvia Cristina Limberger Ufsc
  • César Augusto Ávila Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

DOI:

https://doi.org/10.33081/formacao.v25i44.5151

Resumo

O objetivo deste trabalho é demonstrar como as empresas líderes e marginais do setor cervejeiro geram suas vantagens competitivas. As empresas líderes possuem vantagens relacionadas às economias de escala, ao passo que as microcervejarias preocupam-se com a inovação em produtos a partir do controle de uma fábrica enxuta em capital físico e humano, mas intensiva em conhecimento. Entretanto, a grande empresa também atua no segmento da microcervejaria, a qual depende das condições de expansão da grande empresa para manter seu mercado. Se a demanda for crescente acima da capacidade da empresa líder, a participação das pequenas empresas é mantida e até pode aumentar o número de empresas acompanhando o crescimento do mercado, mas se a acumulação interna das empresas bem-sucedidas empurrarem para a expansão além do que a demanda pode acompanhar, elas conquistarão uma parte da fatia do mercado ocupada pelas empresas marginais. A análise é guiada pela teoria da acumulação de capital em Marx que entende o modo de produção capitalista como um processo orgânico e evolutivo e desse modo, a formação de economias de oligopólio como uma tendência do próprio processo de desenvolvimento do capital. Nesse processo, a eficiência econômica é abordada por meio do pensamento schumpeteriano, que compreende o mercado como um ambiente de seleção e a seleção das inovações como a mais importante função socioeconômica dos mercados, sendo a dinâmica inovativa a principal estratégia da concorrência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvia Cristina Limberger, Ufsc

Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC, 2016) com estágio na Universidad Autònoma de Barcelona (UAB, 2015), mestre em Geografia pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE, 2010) e graduada pela mesma instituição (2007/2008). Pesquisadora do grupo de estudos Formação Sócio Espacial: Progresso Técnico e Desenvolvimento Econômico – UFSC.

César Augusto Ávila, Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Professor Doutor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CERVEJA (CERVBRASIL). Anuário 2015. Disponível em: <http://www.cervbrasil.org.br/paginas/index.php?page=anuario-2015>. Acesso em: 18 de jan./2016.

BARAN, P. A. (1957): A Economia política do desenvolvimento. São Paulo: Abril Cultural (Edicão brasileira de 1984).

CHANDLER, A. (1962): Ensaios para uma teoria histórica da grande empresa. Fundação Getúlio Vargas (Edição brasileira de 1998/2000).

FREEMAN, C. (1974): A economia da inovação. São Paulo: Editora da Unicamp, (Edição brasileira de 2008).

HILFERDING, R. (1910): O capitalismo financeiro. São Paulo: Nova Cultural (Edição brasileira de1985).

JÚNIOR, O. C. et al. O setor de Bebidas no Brasil. Biblioteca digital do BNDES: BNDES, 40, pp.93-130, 2015.

LABINI, P. S. (1956): Oligopólio e progresso técnico. São Paulo: Nova Cultural (Edição brasileira de 1986).

LENIN, V. I. O desenvolvimento do capitalismo na Rússia. São Paulo: Abril Cultural, 1899 (Edição brasileira de 1982).

LENIN, V. I. O imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Centauro, 1916 (Edição brasileira de 2008).

MARX, K. (1867): O Capital: Crítica da Economia Política. V. 1, Livro Primeiro, 6 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira (Edição Brasileira de 1980).

MARX, K. (1885): O Capital: Crítica da Economia Política. V. 2, Livro Primeiro, 6 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira (Edição brasileira de 1980).

MARX, K. (1894): Nivelamento, pela concorrência da taxa geral de lucro. Preços e valores de mercado. Superlucro. In: O capital: O processo global de produção capitalista. V. 4, Livro Terceiro. 3 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira (Edição brasileira de 1980).

PENROSE, E. (1959): A teoria do crescimento da firma. São Paulo: Editora da Unicamp (Edição brasileira de 2006).

PORTER, M. E. Estrategia competitiva: técnicas para el análisis de los sectores industriales y de la competencia. Madrid: Compañía Editorial Continental S. A. DE C. V., 1982.

POSSAS, M. Competitividade: fatores sistêmicos e politica industrial: aplicações para o Brasil. In: Estratégias empresariais na indústria brasileira: discutindo mudanças. Org: CASTRO, A. B.; POSSAS, M. L.; PROENÇA, A. Rio de janeiro: Forence Universitária, 1996.

POSSAS, M. Estruturas de mercado em oligopólio. São Paulo: Hucitec, 1987.

REVISTA EXAME. A guerra das periguetes no mercado de cervejas. 23/03/2014. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1062/noticias/a-guerra-das-periguetes>. Acesso em: 15/mar./2016.

ROBINSON, J. (1978): Contribuições à economia moderna. Rio de Janeiro: Zahar (edição brasileira de 1979).

ROSENBERG, N. Por dentro da caixa-preta: tecnologia e economia. São Paulo: Editora da UNICAMP, 2006.

SCHUMPETER, J. A. (1912): Teoria do Desenvolvimento econômico: uma investigação sobre lucros, capital, credito, juro e ciclo econômico. 2 ed.. São Paulo: Nova Cultural (Edição brasileira de 1982).

SCHUMPETER, J. A. (1949): Capitalismo, Socialismo e Democracia. Rio de Janeiro: ZAHAR, 1949 (Edição Brasileira de 1984).

SEBRAE. Relatório de inteligência: Alimentos. Cervejas artesanais: potencial de crescimento do mercado. SEBRAE: São Paulo, Jun./, 2015.

STEINDL, J. (1952) Maturidade e estagnação no capitalismo americano. São Paulo: Abril Cultural (edição brasileira de 1983).

STEINDL, J. (1972). Pequeno e grande capital: problemas econômicos do tamanho das empresas. São Paulo: Hucitec (edição brasileira de 1990).

TEECE, D. J. As aptidões das empresas e o desenvolvimento econômico: implicações para as economias de industrialização recente. In: KIM, L.; NELSON, R. Tecnologia, aprendizado e inovação as experiências das economias de industrialização recente. São Paulo: Unicamp, 2005.

THE BARTH REPORTS. BARTH-HAAS GROUP. Disponível em: <http://www.barthhaasgroup.com/en/news-and-reports/the-barth-report-hops>. Acesso em: 20/mar./2014.

VALOR ECONÔMICO. Concorrentes da Heineken vão ao CADE. 17/03/2017. Disponível em: <http://www.valor.com.br/search/apachesolr_search/%22BRASIL%20KIRIN%22?solrsort=created%20desc>. Acesso em: 16/mar./2017.

Downloads

Publicado

2018-05-22

Como Citar

Limberger, S. C., & Ávila, C. A. (2018). VANTAGENS COMPETITIVAS DO OLIGOPÓLIO CERVEJEIRO E A PERMANÊNCIA DE MICROCERVEJARIAS NO BRASIL. Formação (Online), 25(44). https://doi.org/10.33081/formacao.v25i44.5151

Edição

Seção

Artigos