DA CIDADE DOS MENORES À MEDICALIZAÇÃO: OS DISCURSOS SOBRE O CONTROLE DO RISCO

Autores

  • Débora Nascimento de Oliveira Universidade Federal do Espírito Santo
  • Jair Ronchi Filho Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.32930/nuances.v29i1.5872

Palavras-chave:

medicina e educação, segregação, escola.

Resumo

Este trabalho acompanha os processos de circulação e apropriação dos discursos sobre o controle de risco, difundidos por pesquisas da ciência médica em épocas distintas. Uma dessas pesquisas é o primeiro trabalho publicado no ano de 1937 tencionando a defesa da criação do projeto intitulado “cidade dos menores”, que visava a detecção e segregação de crianças e adolescentes que apresentassem comportamentos indicativos de um possível envolvimento com a criminalidade. Outro trabalho analisado consiste em um artigo publicado no ano de 2011, salientando a importância da percepção precoce de crianças com indícios comportamentais que possam se configurar futuramente em risco social, reproduzindo desse modo a mesma lógica, que na contemporaneidade é corporificada pela medicalização dos supostos transtornos da infância, como a exemplo, o Transtorno de Déficit de Atenção e Aprendizagem (TDAH) e Transtorno de Oposição Desafiante (TOD). Compreendemos que a medicalização é construída no contexto de sociedade baseada no pensamento da meritocracia em uma sociedade mercadológica e constitui em uma transformação de questões de ordem social, políticas e econômicas em atribuições de ordem médica, sendo apresentadas como questões biológicas e individuais, e perdendo sua determinação coletiva. Pretendemos problematizar como a escola é agenciada através dos referidos discursos, e, a partir de tal problematização, re(pensar) coletivamente novos possíveis na educação.  

 

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Biografia do Autor

Débora Nascimento de Oliveira, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda do Programa de Pós Graduação em Mestrado Profissional de Educação (PPGMPE) da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Atua como professora do ensino básico na Prefeitura Municipal de Cariacica (PMC).

Jair Ronchi Filho, Universidade Federal do Espírito Santo

:Professor Adjunto do Centro de Educação da UFES, Professor do Programa de Pós- Graduação de Mestrado Profissional em Educação - PPGMPE/UFES. Coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Processos de Aprendizagem, Cognição e Interação Social (Niepacis), Pesquisador Convidado do Núcleo de Estudos em Subjetividade e Política (NEPESP) do Departamento de Psicologia da UFES. 

Doutorado em Educação (Escola, currículo, sociedade e cultura) - PPGE – UFES; Mestrado em Educação(Desenvolvimento Humano e Processos Educacionais) PPGE – UFES; graduação em Psicologia, Pedagogia, e Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo-UFES.

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Publicado

20-12-2018

Como Citar

DE OLIVEIRA, D. N.; RONCHI FILHO, J. DA CIDADE DOS MENORES À MEDICALIZAÇÃO: OS DISCURSOS SOBRE O CONTROLE DO RISCO. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 29, n. 1, 2018. DOI: 10.32930/nuances.v29i1.5872. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/5872. Acesso em: 19 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos - FLUXO CONTÍNUO