O ENSINO EM CRECHE: NOTAS A PARTIR DE PRESSUPOSTOS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL

Autores

  • Eliza Maria Barbosa Professora Assistente II - DE - do Departamento de Psicologia da Educação - Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
  • Janaína Cassiano Silva Professora Adjunta - DE - do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Goiás- Regional Catalão e no Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGEDUC - UFG/ Regional Catalão.
  • Altina Abadia da Silva Professora Adjunto - DE - do Departamento de Educação da Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão e no Programa de Pós-graduação em Educação - PPGEDUC - UFG/Regional Catalão.

DOI:

https://doi.org/10.32930/nuances.v29i3.5156

Palavras-chave:

Primeira infância. Creche. Ensino. Psicologia Histórico-Cultural

Resumo

Neste ensaio discutimos alguns pressupostos teórico-práticos sobre a organização do ensino em creche de crianças com idade entre um e dois anos, indicando suas contribuições para a enriquecimento da atividade objetal manipulatória característica do desenvolvimento das crianças nessa idade. Visando atingir esse objetivo, refletimos sobre a permanência no atual cenário da educação infantil de traços característicos de funções assumidas pelas instituições educativas em outros momentos históricos e discutimos os elementos constituintes da formação da consciência articulado aos conceitos de linguagem e atividade manipulatória. Reafirmamos a partir de princípios do Materialismo histórico-dialético que as crianças durante a primeira infância iniciam a jornada de produção de sua existência por meio de relações condicionadas historicamente, sob o princípio da cooperação entre os homens e esta relação de dependência lhes fornece a consciência de que vivem em sociedade. Pelos construtos da Psicologia Histórico-Cultural, demonstramos a influência decisiva que os adultos/educadores têm sobre a gênese do ato voluntário nas crianças e como sua linguagem, e depois a das próprias crianças, desempenha um papel regulador das demais funções psicológicas, entre elas a atenção, a percepção e a memória.  Alertamos para que a educação em todos os seus níveis reconheça que sua função de formar plenamente o ser humano singular ocorre sob condições históricas e socialmente determinadas. Isso nos permite concluir que as práticas educativas conscientemente comprometidas com a humanização das crianças são a via possível para a superação de mecanismos que historicamente aniquilam suas possibilidades de desenvolvimento humano-genérico.

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Biografia do Autor

Eliza Maria Barbosa, Professora Assistente II - DE - do Departamento de Psicologia da Educação - Faculdade de Ciências e Letras - Campus de Araraquara - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (1995), mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003) e doutorado em Educação Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2008). Atualmente é professora Asssitente Doutor I do Departamento de Psicologia da Educação, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Psicologia da Educacão, atuando principalmente nos seguintes temas: educação de 0 a 6 anos, desenvolvimento e aprendizagem infantil e práticas pedagógicas. É líder do Grupo de Estudos e Pesquisas Educação Infantil e Teoria Histórico-Cultura e membro do Grupo de Estudos e Pesquisas Infância e Educação - NEPIE, ambos cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPQ.

Janaína Cassiano Silva, Professora Adjunta - DE - do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Goiás- Regional Catalão e no Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGEDUC - UFG/ Regional Catalão.

Doutora em Educação (UFSCar- 2013). Mestre em Educação Escolar (Unesp/Araraquara- 2008). Graduada em Psicologia (Bacharelado, Licenciatura e Formação de Psicólogo) pela Universidade Federal de Uberlândia (2005). Professora Adjunta, DE, no curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás- Regional Catalão e no Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGEDUC - UFG/ Regional Catalão. Membro da ABRAPEE (Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional), do Grupo de Pesquisa em História da Educação e Educação Infantil (UFSCar), do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Infantil e Teoria Histórico-Cultural (UNESP/Araraquara) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Infância e Educação- NEPIE (UFG/Regional Catalão). Os principais temas de atuação são: psicologia da educação, psicologia escolar e educacional, educação infantil, psicologia histórico-cultural e formação de professores.

Altina Abadia da Silva, Professora Adjunto - DE - do Departamento de Educação da Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão e no Programa de Pós-graduação em Educação - PPGEDUC - UFG/Regional Catalão.

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás (1991), graduação em Artes Visuais pela Universidade Federal de Goiás (2011), Especialização em Psicopedagogia pela Universidade Católica de Goiás (1996), Mestrado em Psicologia pela Universidade Católica de Brasília (2001) e Doutorado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (2008). Atualmente é professora adjunto da Universidade Federal de Goiás - Regional Catalão. Atua no Programa de Pós-graduação em Educação - PPGEDUC da Unidade Acadêmica Especial de Educação. Líder do Núcleo de Estudos e Pesquisa Infância e Educação - NEPIE - Regional Catalão/UFG. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Estágio, Trabalho Docente, Desenvolvimento e Aprendizagem e Educação Infantil, atuando principalmente nos seguintes temas: brincar, Infância, Educação Infantil e formação de professores.

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Publicado

31-12-2018

Como Citar

BARBOSA, E. M.; SILVA, J. C.; DA SILVA, A. A. O ENSINO EM CRECHE: NOTAS A PARTIR DE PRESSUPOSTOS DA PSICOLOGIA HISTÓRICO-CULTURAL. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 29, n. 3, 2018. DOI: 10.32930/nuances.v29i3.5156. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/5156. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos - FLUXO CONTÍNUO