O EXÍLIO DA NARRATIVA E A NARRATIVA DO EXÍLIO PLURALIDADE E DIFERENÇA EM TEMPOS SOMBRIOS

Autores

  • Maurício Liberal Augusto GEEPC - FEUSP

DOI:

https://doi.org/10.14572/nuances.v27i2.4330

Palavras-chave:

Hannah Arendt, narrativa, identidade, judeidade, ética da diferença.

Resumo

Este artigo dialoga com reflexões de Hannah Arendt anteriores à publicação de Origens do totalitarismo (1951), especialmente os chamados escritos judaicos e alguns excertos de sua correspondência com Karl Jaspers. Ela ressalta a importância do mestre e amigo na formação de um juízo político independente em tempos sombrios e a judeidade como afirmação política de uma diferença ontologicamente radicada na natalidade. Aqui, sugere-se que os anos de formação do pensamento político de Arendt sejam apreciados como um exílio da narrativa, um exercício de pensamento em que o silêncio da linguagem convida o narrador a expressar-se numa narrativa do exílio. No âmbito da filosofia da educação, ao traduzir a experiência do exílio político e identitário, a radicalidade da narrativa arendtidiana testemunha a violação à pluralidade humana e ajuda a pensar o sentido formativo da diferença, isto é, o cultivo de uma ética da diferença

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Biografia do Autor

Maurício Liberal Augusto, GEEPC - FEUSP

Maurício é graduado e licenciado em História pela Universidade de São Paulo (1996), mestre (2003) e doutor em educação (2013) pela mesma universidade. Foi bolsista de doutorado da Fapesp (2010-2013) e cumpriu um Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) pela CAPES (abril a julho de 2012) na Universidade de Barcelona. É membro do GEEPC (Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Educação e o Pensamento Contemporâneo) sediado na Faculdade de Educação da USP. Como professor, atuou no ensino médio do Colégio Oswald de Andrade (1999-2005), no Ensino Fundamental II do Colégio Santa Cruz (2006-2008) e na ETEC de Embu das Artes, lecionando História e Filosofia. É colaborador na produção e edição de livros didáticos e paradidáticos. Ultimamente tem se dedicado ao pensamento de Hannah Arendt e Paul Ricoeur, especialmente as conexões e fronteiras entre educação, política, história e narrativa.

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Publicado

20-02-2017

Como Citar

AUGUSTO, M. L. O EXÍLIO DA NARRATIVA E A NARRATIVA DO EXÍLIO PLURALIDADE E DIFERENÇA EM TEMPOS SOMBRIOS. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 27, n. 2, p. 77–96, 2017. DOI: 10.14572/nuances.v27i2.4330. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/4330. Acesso em: 24 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê