O LUGAR DA INTERPRETAÇÃO NA METODOLOGIA DE PESQUISA SOCIAL

Autores

  • Ana Archangelo

DOI:

https://doi.org/10.14572/nuances.v15i16.176

Palavras-chave:

psicanálise, metodologia de pesquisa, pesquisa social, interpretação, transferência.

Resumo

Este artigo foi elaborado a partir de um esforço de sistematização de algumas questões referentes à pesquisa que se propõe a estudar fenômenos sociais tendo a psicanálise como aporte teórico-metodológico. As idéias defendidas aqui se articulam em torno de um diálogo com o texto de Clarke (2002) e da reflexão sobre uma experiência de pesquisa relacionada ao campo da Educação. Entre outros aspectos, Clarke discute o papel da entrevista na pesquisa, e defende que a interpretação psicanalítica não tem lugar no momento da entrevista; interpretação é dos dados coletados. A tese central neste trabalho, ao contrário, defende a relevância da interpretação da transferência estabelecida no processo de entrevista, guardados, evidentemente, alguns cuidados. Isso permite um vínculo diferenciado entre pesquisador e pesquisado, pois ligado à comunicação inconsciente que se estabelece entre eles. Permite ainda a melhor delimitação do objeto de pesquisa e contribui para a compreensão da dinâmica social que se quer investigar. Para isso, é preciso que o pesquisador faça uso de alguns procedimentos metodológicos originados na psicanálise, mas não exclusivos dela. A discussão final conclui que ao introduzir o inconsciente na investigação de questões sociais, o pesquisador introduziu-se a si mesmo como sujeito do inconsciente e precisa construir instrumentos metodológicos capazes de apreender os conteúdos determinados pela interação entre os inconscientes e a temática da pesquisa.

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Publicado

10-03-2010

Como Citar

ARCHANGELO, A. O LUGAR DA INTERPRETAÇÃO NA METODOLOGIA DE PESQUISA SOCIAL. Nuances: Estudos sobre Educação, Presidente Prudente, v. 15, n. 16, 2010. DOI: 10.14572/nuances.v15i16.176. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/Nuances/article/view/176. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê